Logística reversa: por que aplicar esse conceito na sua empresa?
20 de março de 2020 #Logística
A logística é parte fundamental de muitas empresas que lidam com a entrega de mercadorias. Sem ela, os produtos adquiridos não são entregues no tempo acordado, não são entregues na quantidade requerida e na qualidade esperada.
Diferente do que muitas pessoas pensam, a logística não acaba quando o produto é entregue no destino final. Ela só acaba quando este produto tem sua vida útil esgotada, ou seja, quando ele é descartado por completo.
Quando uma mercadoria é entregue no destino, muitas coisas podem acontecer com ela antes de sua vida útil se esgotar. Ela pode ser devolvida, remodelada, reaproveitada, levada para outros locais, ou ter chegado ao seu limite de vida útil e será descartada.
O descarte, que deve ser consciente a fim de não prejudicar nosso meio ambiente, é necessário para todos os produtos físicos comercializados.
Para isso, aplica-se o que chamamos de logística reversa, que tem como objetivo lidar com tudo que se relacione ao retorno das mercadorias por ela comercializadas, sempre para destiná-las de forma consciente para uma nova finalidade ou para o descarte em si.
O que é logística reversa?
Como o próprio nome já sugere, essa modalidade da logística vem no caminho contrário ao da logística tradicional. Ela traz de volta, de alguma maneira, os produtos por ela comercializados e que já podem ser descartados ou destinados para outras finalidades. Tal ação pode ser aplicada para diferentes casos, como a devolução de mercadorias, reparação de danos, troca dentro da garantia, esgotamento da vida útil e consequente descarte consciente. Dentro da logística reversa, existem duas categorias: pós-venda e pós-consumo. No caso do pós-venda, os produtos são devolvidos pelos clientes por conta de fatores diversos como falha de funcionamento, erro no processo do pedido, entre outros. Já no pós-consumo, os produtos já chegaram ao fim de sua vida útil e são devolvidos com o intuito de serem descartados ou reaproveitados corretamente pela empresa. Ambas as modalidades, principalmente a de pós-consumo, foi incentivada entre as empresas principalmente depois da implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina regras e diretrizes para que as empresas cumpram com seu papel de responsáveis legais pelo descarte correto dos produtos descartados pelos clientes. Dessa forma, o mercado que mais necessita desse processo e que mais poderia impactar o meio ambiente com um descarte errôneo é o de eletrônicos. Além desse, o de agrotóxico e automotivo também estão entre os destaques. Pilhas, aparelhos celulares, computadores, notebooks, tablets, baterias de carro, pneus, embalagens e resíduos de agrotóxicos, são alguns dos principais produtos descartados em uma logística reversa. Colocando em prática, as formas mais comuns de logística reversa são a coleta e reciclagem (que reutiliza peças desses produtos para a confecção de novos), e a reutilização dos insumos. A empresa também pode adotar outras práticas, como firmar parceria com catadores e cooperativas de materiais recicláveis, deixando a encargo desses a destinação final dos resíduos. De qualquer forma, a empresa estará realizando sua parte. Para recolher tais resíduos, a maioria das empresas utiliza como estratégia a colocação inteligente de pontos de coleta em suas próprias lojas ou em pontos de comum circulação de cidadãos. Geralmente, dá-se em troca algum benefício para estimular o descarte consciente, como o desconto na próxima aquisição da marca, por exemplo.Vantagens
Para as empresas, essa ação é de extrema importância para sua credibilidade e reconhecimento em relação à responsabilidade ambiental e social. Para a empresa, o benefício direto se dá reduzindo seus custos de produção com a reciclagem de materiais. Além disso, insere-se no mercado como empresa socialmente responsável, qualidade bastante apreciada pelo consumidor atual.Escrito por
Ricardo Agostinho Canteras
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