O modal aéreo na logística farmacêutica
12 de abril de 2023 #Logística
Quando se fala em transporte de cargas, o modal rodoviário ainda responde por 60% da movimentação de produtos no Brasil. No entanto, a multimodalidade é um tema que segue em pauta em eventos e reuniões ligados ao setor de transporte. É importante lembrar que a escolha de determinado modal está ligada ao tipo de carga, custos, emergência, entre outros fatores. No caso da indústria farmacêutica, por exemplo, algumas peculiaridades levam as empresas a optarem pela logística emergencial, fazendo uso frequentemente do modal aéreo, apesar dos desafios muitas vezes impostos a bordo de aeronaves.
As indústrias farmacêuticas que utilizam o modal aéreo geralmente possuem medicamentos com alto valor agregado, permitindo assim a absorção do custo logístico maior. Além disso, precisam que as entregas sejam feitas o mais rápido possível, por se tratar de medicamentos perecíveis e com controle de temperatura. Atualmente, tem se verificado um crescimento na movimentação de medicamentos biológicos, imunobiológicos, que incluem as vacinas, como aconteceu com o Covid-19.
Saiba mais sobre os cuidados no armazenamento e transporte de medicamentos imunobiológicos.
A última edição do Pharma World Preview corrobora com esse cenário, já que a previsão de crescimento da indústria farmacêutica, em torno de 6% ao ano até 2028, tem como destaque o mercado de produtos biológicos. Em sua maioria, eles são termolábeis considerados de cadeia fria, ou seja, que devem ser mantidos em temperaturas controladas, variando entre dois e oito graus celsius. Diante das suas características, fica clara a necessidade de uma logística baseada em três premissas: planejamento, monitoramento e controle de todos os elos da cadeia.
E eles demandam cada vez mais o transporte pelo modal aéreo, pois possuem prazo limitado de entrega. Numa rota SP – Recife, por exemplo, que no modal rodoviário pode levar dias, de avião são apenas algumas horas. As embalagens isotérmicas, utilizadas para protegerem de modo passivo esses medicamentos, muitas vezes têm duração de 24, 48 ou 72 horas, ou seja, o limite de tempo delas para manutenção acaba também sendo um fator primordial para a escolha do transporte aéreo.
Quanto menor é o tempo que a embalagem consegue suportar, maior a probabilidade de a indústria farmacêutica necessitar do modal aéreo ao invés do rodoviário.
Hoje, o Brasil é dotado de apenas 10 aeroportos, que realizam transferência em aviões cargueiros. Nos demais é permitido apenas voos comerciais de menor porte. Basicamente, a carga precisa ser transportada junto de passageiros e, muitas vezes, não há uma alta demanda para determinada região, levando a companhia a não disponibilizar muitos voos. Sem voos, haverá menor oferta, maior preço e consequentemente maior custo.
Por isso, setores que dependem do modal aéreo farmacêutico precisam se ajustar à oscilação, conforme o trânsito de passageiros. Na época da pandemia do covid-19, o transporte de pessoas foi quase zero, gerando, entre 2020 e 2021, um impacto muito grande na movimentação aérea. Sem passageiros, mesmo que houvesse carga, as companhias aéreas não disponibilizavam os voos.
E essa necessidade acaba direcionando muitas empresas, que fariam o transporte de medicamentos pelo modal rodoviário, para o aéreo, pois quando esses monitoramentos acontecem, é possível detectar que aquele medicamento, apesar de ser temperatura ambiente, ficou muitas horas ou dias exposto a altas temperaturas, podendo perder a sua eficácia.
A resolução da Anvisa tende a aumentar a procura das indústrias farmacêuticas pelo modal aéreo justamente para diminuir esse risco de exposição da temperatura, já que o tempo de percurso é menor e, consequentemente, há um risco menor de excursão da temperatura. No rodoviário, geralmente o tempo de lead time é maior e aumenta o risco de excursão.
O monitoramento térmico de rotas estabelecido pela Anvisa aponta algumas falhas e leva as empresas a reverem o modal aéreo não só por uma questão de valor agregado, mas também por uma obrigatoriedade do âmbito regulatório. O objetivo principal é que não haja excursão de temperatura e se houver que ocorra pelo menor espaço de tempo possível.
Modalidade Convencional: Esta opção é ideal para encomendas menos urgentes, que podem ser planejadas com antecedência. Com horários regulares e preços mais acessíveis, a modalidade convencional é a escolha econômica para empresas que buscam eficiência de custo sem a necessidade de entrega imediata.
Modalidade Próximo Voo: Para cargas que requerem a máxima urgência, o serviço de próximo voo entra em cena. Nesta modalidade, a carga é enviada no primeiro voo disponível, independentemente do custo. É a opção preferencial para situações críticas onde o tempo é o fator mais importante.
Ambas as modalidades são fundamentais para atender a uma ampla gama de necessidades logísticas, desde envios programados e econômicos até demandas urgentes que necessitam de ação imediata. A escolha entre convencional e próximo voo dependerá da urgência, do orçamento disponível e dos requisitos específicos de cada entrega. Juntas, essas opções proporcionam flexibilidade e eficiência, garantindo que as necessidades de transporte aéreo de cargas sejam atendidas.
Estamos aqui para ouvir suas sugestões, responder suas perguntas e trabalhar juntos para encontrar a melhor solução para suas necessidades logísticas.
As indústrias farmacêuticas que utilizam o modal aéreo geralmente possuem medicamentos com alto valor agregado, permitindo assim a absorção do custo logístico maior. Além disso, precisam que as entregas sejam feitas o mais rápido possível, por se tratar de medicamentos perecíveis e com controle de temperatura. Atualmente, tem se verificado um crescimento na movimentação de medicamentos biológicos, imunobiológicos, que incluem as vacinas, como aconteceu com o Covid-19.
Saiba mais sobre os cuidados no armazenamento e transporte de medicamentos imunobiológicos.
A última edição do Pharma World Preview corrobora com esse cenário, já que a previsão de crescimento da indústria farmacêutica, em torno de 6% ao ano até 2028, tem como destaque o mercado de produtos biológicos. Em sua maioria, eles são termolábeis considerados de cadeia fria, ou seja, que devem ser mantidos em temperaturas controladas, variando entre dois e oito graus celsius. Diante das suas características, fica clara a necessidade de uma logística baseada em três premissas: planejamento, monitoramento e controle de todos os elos da cadeia.
E eles demandam cada vez mais o transporte pelo modal aéreo, pois possuem prazo limitado de entrega. Numa rota SP – Recife, por exemplo, que no modal rodoviário pode levar dias, de avião são apenas algumas horas. As embalagens isotérmicas, utilizadas para protegerem de modo passivo esses medicamentos, muitas vezes têm duração de 24, 48 ou 72 horas, ou seja, o limite de tempo delas para manutenção acaba também sendo um fator primordial para a escolha do transporte aéreo.
Quanto menor é o tempo que a embalagem consegue suportar, maior a probabilidade de a indústria farmacêutica necessitar do modal aéreo ao invés do rodoviário.
Desafios do modal aéreo
No Brasil, um dos principais desafios de quem precisa do modal aéreo para o transporte de produtos é a pouca quantidade de companhias aéreas e a disponibilidade do serviço de transporte de carga escassa, tendo em vista que esse serviço é considerado uma receita acessória para as cias aéreas – o maior volume de receita vem dos passageiros – o que gera dificuldade em transportar produtos para regiões onde não há uma movimentação muito grande de passageiros.Hoje, o Brasil é dotado de apenas 10 aeroportos, que realizam transferência em aviões cargueiros. Nos demais é permitido apenas voos comerciais de menor porte. Basicamente, a carga precisa ser transportada junto de passageiros e, muitas vezes, não há uma alta demanda para determinada região, levando a companhia a não disponibilizar muitos voos. Sem voos, haverá menor oferta, maior preço e consequentemente maior custo.
Por isso, setores que dependem do modal aéreo farmacêutico precisam se ajustar à oscilação, conforme o trânsito de passageiros. Na época da pandemia do covid-19, o transporte de pessoas foi quase zero, gerando, entre 2020 e 2021, um impacto muito grande na movimentação aérea. Sem passageiros, mesmo que houvesse carga, as companhias aéreas não disponibilizavam os voos.
O futuro do transporte de medicamentos pelo modal aéreo
A Resolução da Anvisa (RDC 304/2020 atualizada pela 653/2022) que trata do monitoramento de temperatura é uma das responsáveis por obrigar as empresas a controlarem os medicamentos, não apenas os de cadeia fria, mas também os medicamentos de cadeia seca.E essa necessidade acaba direcionando muitas empresas, que fariam o transporte de medicamentos pelo modal rodoviário, para o aéreo, pois quando esses monitoramentos acontecem, é possível detectar que aquele medicamento, apesar de ser temperatura ambiente, ficou muitas horas ou dias exposto a altas temperaturas, podendo perder a sua eficácia.
A resolução da Anvisa tende a aumentar a procura das indústrias farmacêuticas pelo modal aéreo justamente para diminuir esse risco de exposição da temperatura, já que o tempo de percurso é menor e, consequentemente, há um risco menor de excursão da temperatura. No rodoviário, geralmente o tempo de lead time é maior e aumenta o risco de excursão.
O monitoramento térmico de rotas estabelecido pela Anvisa aponta algumas falhas e leva as empresas a reverem o modal aéreo não só por uma questão de valor agregado, mas também por uma obrigatoriedade do âmbito regulatório. O objetivo principal é que não haja excursão de temperatura e se houver que ocorra pelo menor espaço de tempo possível.
Modalidades do transporte aéreo de cargas
Duas modalidades se destacam pela adaptabilidade e eficiência o transporte convencional e o próximo voo.Modalidade Convencional: Esta opção é ideal para encomendas menos urgentes, que podem ser planejadas com antecedência. Com horários regulares e preços mais acessíveis, a modalidade convencional é a escolha econômica para empresas que buscam eficiência de custo sem a necessidade de entrega imediata.
Modalidade Próximo Voo: Para cargas que requerem a máxima urgência, o serviço de próximo voo entra em cena. Nesta modalidade, a carga é enviada no primeiro voo disponível, independentemente do custo. É a opção preferencial para situações críticas onde o tempo é o fator mais importante.
Ambas as modalidades são fundamentais para atender a uma ampla gama de necessidades logísticas, desde envios programados e econômicos até demandas urgentes que necessitam de ação imediata. A escolha entre convencional e próximo voo dependerá da urgência, do orçamento disponível e dos requisitos específicos de cada entrega. Juntas, essas opções proporcionam flexibilidade e eficiência, garantindo que as necessidades de transporte aéreo de cargas sejam atendidas.
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